Eu preciso de uma última chance, os minutos se passaram e continuo perdendo tempo.
Há dois meses, os dias não pareciam tão longos nem as horas tão vazias. Estava em uma vida alucinada e psicótica, errada. Já me encontrava no terceiro "Starbucks"e há mais de trinta horas acordada (como se tivesse dormido nos últimos dias).
Não queria parar, não podia, o trabalho, o dinheiro a ganância. Então, parou. Chamam isto de coma, mas preferia morrer. Poderia estar em uma bolha sem noção de tempo e espaço. A paciência me trouxe de volta os sentidos, ouvir, respirar, sem ver. A memória me trouxe a luz, o carro, acidente, a falha.
Agora, o tempo passa, mas as pessoas não, sozinha, nua, sob lençóis em uma ala de hospital. Amigos, amantes e parentes se os tive, perdi-os há muito tempo.
Sinto-me piegas, ou uma palavra que nunca conheci, lamuriando entre enfermeiras e agulhas, e morrendo por aquilo que vivi. Ninguém reivindicará o desligamento dos aparelhos, nem o meu fim.
Luana Araujo
adorei o conto.
ResponderExcluirum conto dexcluídos... lá no fim é um excluído...mas dói todo dia, como se fosse um conto que não dá conta.
ResponderExcluirentão a gente conta outra história...
e aquela....
vem noutras!!!
~d.eus
REIVINDICAR-SE-NOS-EU-A-EI ANTES DO FIM
ResponderExcluir~d.eus