segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Amante Silencioso

Amante Silencioso 
Luana Araujo

O vento frio e gélido sopra
Enquanto das nuvens negras
Cai a chuva húmida e também gélida
Sobre o solo e as árvores já estonteadas.

Escondida,
Sob a segurança e proteção do meu quarto
Me encontro a observar, as gotas
Que se chocam e deslizam, ao vidro, puras e persistentes.

Gotas nuas e vorazes
Vindas diretas em minha direção
Sem poder nem mesmo me tocar
Quem dera me atingir realmente.

Devaneio-me a comparar o coração
Um coração que um dia puro, ingênuo, voraz,
Sensível a sentimentos e emoções
Comparado a um vidro maciço e impenetrável.

Nem o mais miserável dos homens
Merece ter o coração em tal comparação
Pois pior que ter um coração de pedra
É ter um coração vivo envolto em cristal.

Um coração que sente, sofre e grita
Sem o dom de se expressar
Um coração vendado, preso e amordaçado
Pelo simples motivo de querer amar...

Um comentário:

  1. Escrever poemas nao eh qualquer um que consegui ;P Acho que vc deveria usar mas vezes esse seu dom.

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